Mudanças Climáticas como uma Questão de Segurança Regional
O presente artigo analisa os impactos das mudanças climáticas sobre o papel e
missões das forças armadas dos países da América Latina e do Caribe, e examina
o conjunto de missões geradas ou afetadas pelos efeitos diretos ou indiretos das
mudanças climáticas.
Em primeiro lugar, começa com evidências confiáveis do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que afirma que as
temperaturas provavelmente aumentarão de 2 a 4 graus Celsius, aumentando assim o número de fenômenos climáticos extremos, e levando a uma série de impactos adversos nas economias e ambientes socioeconômicos da região, e incentivando
os governos da América Latina e do Caribe a pedir a ajuda de suas forças armadas
na resposta para gerenciar as consequências, por ser parte de suas atribuições na
maioria dos países da região. Em segundo lugar, este artigo inclui respostas aos
efeitos diretos dos fenômenos climáticos, como tempestades tropicais, inundações
e secas, epidemias e pandemias e, além disso, respostas aos efeitos indiretos das
mudanças climáticas, como aumentos na magnitude e frequência da migração
forçada, crime e protesto social, e um possível aumento das guerras entre estados.
Este artigo também examina os possíveis papéis das forças armadas em ajudar
suas comunidades a reduzir as emissões de carbono e mitigar os efeitos do meio
ambiente criado pelo aquecimento global produzido.
A análise conclui que as forças armadas enfrentarão um grande número de
missões e uma mudança na combinação de missões, com algumas apresentando
demandas maiores do que antes. Ao prever essas mudanças, este artigo sustenta
que as forças armadas precisam abordar um diálogo dentro de suas comunidades
sobre seus papéis na resposta a novos desafios, incluindo autorizações e proteções